0

Falta uma coisa

Posted by Aline Zamboti on 22:29
Imaginava (tolinha eu) que depois do dois as pessoas amadurecessem de tal forma (nem precisa ser tanto assim) que adquirissem uma coisa. Algo simples. Nada demais que todo mundo tem, ou deveria ter. Sabe quando você deixa de ser um “rebelde sem causa”? Ou melhor, um rebelde desesperado, que não conhece tempo, porque convenhamos, adolescente não sabe olhar no relógio, muito menos contar que o dia tem 24 horas, a semana 168h, e o mês então, umas 720h. Enfim, quando você aprende a ler o relógio (o relógio digital ajuda nisso) começa a entender que mesmo o mundo podendo acabar daqui 15 minutos, a maior probabilidade é de que não, de que sim, amanhã você terá que acordar cedo para ir trabalhar.

E é ai que tudo começa. Eu achava de verdade que depois que as pessoas já passassem a sentir o peso do 2 nas costas, começariam a ser menos desesperadas, menos afobadas e com um pouquinho menos de memória.

Falo isso porque (vão me matar, dizendo que puxo saco de professor, mas pior que não, é que nem a frase do grande Bob Marley, "Minha música defende a verdade. Se você é negro e está errado, você está errado. Se você é branco e está errado, você está errado. Se você é índio e está errado, você está errado. É universal") houve um caso na sala de aula. Nem tocarei no assunto detalhadamente porque eu realmente tenho medo de apanhar, ainda mais quando as pessoas são maiores que eu ahahaha. Cito esse caso, porque ele contrariou todas minhas teorias sobre o começo da maturidade. Quando falo em desespero faço referência quando as pessoas ainda acham que o mundo acabou por causa de uma pequeníssima e minúscula coisa. Mesmo que fosse do tamanho de um Chokito, gente, calma! Respirem. Inspirem. Isso. Olha só, mais oxigênio na cabeça, mas fácil de fazer assimilações com a realidade. Pareço uma velha escrevendo mas, quando exageramos certas coisas começamos a ver tudo em dobro e azul escuro (não há nenhum significado teórico por trás disso, mas explicarei). Em dobro porque as coisas acabam parecendo maiores do que são, e azul escuro porque mudam de sentido resultando num sentimento diferente (ai sim tem uma base teórica, as cores remetem a sensações, azul escuro, é considerada uma cor romântica, talvez porque lembre a cor do mar, no entanto é uma cor que se associa a uma certa falta de coragem ou monotonia, segundo o site http://olhandoacor.web.simplesnet.pt/significado_das_cores.htm).

Afobadas, como meu grande amigo Michaelis disse, é atrapalhação e pressa. Ou seja, nada na pressa sai bem. Há aqueles que só conseguem fazer a coisas sob pressão e de última hora, mas se houvesse um planejamento ou apenas um tempo para pensar antes, sairia muito melhor.

E um pouco de memória seria ótimo. Pois é, rancor é uma coisa tão forte e tão presente nas pessoas. Entendo completamente sua existência, mas há horas, na maioria delas, que a melhor coisa seria bom um pouquinho de esquecimento. Pessoas erram, pessoas aprendem, pessoas mudam. Assim, num processo vicioso e contínuo.

O que aconteceu em minha sala e a prova do professor teve falta dessa coisa que falei, o senso, o bom sendo, de ambas as partes. Novamente meu amigo Michaelis diz:
1 Faculdade de julgar, de raciocinar; entendimento. 2 Siso, juízo, tino. 3 p us Sentido, direção. S. comum: a) modo de pensar da maioria das pessoas; noções comumente admitidas pelos homens; b) Filos: sentido central de coordenação dos sentidos próprios; c) Filos: fundo imutável e espontâneo do espírito cuja forma reflexa é a razão. S. estético: faculdade de apreciar a beleza. S. íntimo: a consciência. S. moral: a consciência do bem e do mal.
Nem preciso falar, esse cara já disse muita coisa.


Para encerrar a bíblia escrita a cima, vai um pensamento..
Não é livre aquele que não obteve domínio sobre si próprio. (Pitágoras)

|

0 Comments

Postar um comentário

Copyright © 2009 Depois do Dois All rights reserved. Theme by Laptop Geek. | Bloggerized by FalconHive. Distribuído por Templates