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O menino
Ele podia fazer aquilo mais trezentas vezes como se fosse a primeira vez, mas o doce aroma acabou cedo. O que não devia ser esperado, logo se confirmou. Mais uma vez o frágil menino se confundia, apesar de achar que a vida não lhe pregaria peças, outra vez.
Não tão quebrado estava ele, de frente com o mesmo que já havia sido acariciado em seus versos de cabeceira e que o velho amigo, o tempo, já havia feito-o passar para outras rimas.
Agora, o menino, mais seguro do que antes, se encontrava em meio a novos versos, versos poucos cantados. Não como os velhos que o faziam dançar, porém mais diretos e sem muita melodia.
Dependia unicamente dele, o menino que mora no meu peito, saber se pararia no tempo ou se faria de seus novos ritmos uma nova canção.
By Aline Zamboti
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